sábado, 13 de junho de 2009

Treine o seu cão para não ladrar!

Treine o seu cão para não ladrar

Shiiuu!!

A ladrar é que eles se entendem!

Pode parecer estranho e anti natura, treinar um cão para não ladrar. Os latidos são a sua voz e a sua principal forma de expressão. É ladrando que celebram a chegada dos donos a casa, que revelam os seus humores, mesmo os piores, que demonstram dor ou ansiedade, que exultam durante as brincadeiras e que nos anunciam sons estranhos ou a presença de desconhecidos no nosso território. E é por tudo isto que são tão adorados, sendo sempre, mais ou menos, fácil descortinar os estados de espírito de um cão e conseguir, por isso mesmo, comunicar com ele. Assim, temos como certo que ladrar é um comportamento natural dos cães, peritos em dar o alerta.

Cão que ladra não entra!

Todavia, da mesma forma que os estimulamos a ladrar quando estranhos se aproximam da nossa casa ou ruídos desconhecidos se repetem durante a noite, também devemos incentivá-los a calarem-se quando os seus latidos se tornam incómodos e desnecessários. Sabemos como é ingrato ter um cão que ladra todo o dia quando nos ausentamos de casa, para ira de todos os vizinhos num raio de dois quilómetros. E nesta altura do ano, em que já se planeiam as férias, é bom saber como controlar nos cães o seu ímpeto para ladrar, pois não há hotel nem parque de campismo do mundo que, por muito boa vontade, possa acolher um animal que não deixa ninguém dormir.



Possíveis dissuasores

O que aqui se propõe, é que se treine o animal a ladrar ou não, conforme a indicação que receba do dono. Mas porque ladrar lhes é tão natural, o melhor é mesmo ensiná-lo a não o fazer sempre que lho ordenar. Para tal, há que recorrer ao reforço negativo. A voz do dono pode ser suficiente, quando, num tom firme e autoritário, lhe ordenar que se cale, mas pode ser absolutamente ineficaz para alguns cães, dependendo do seu temperamento, porte, raça, idade… É bom ter alternativas.
— Uma lata cheia de moedas ou de pedrinhas
— Um borrifador com água
— Um puxão na trela
— Fazer de conta que é você quem come o biscoito que trazia para ele no bolso.
Qualquer uma destas armas de dissuasão deve ser utilizada sempre que o animal ladrar a despropósito, ou o dono entender que não o deva fazer naquele lugar ou situação. Nessa altura, ordene-lhe, com voz de comando, que se cale, dizendo-lhe: silêncio, cala, ou apenas shiu (ou outra palavra que determine), ao mesmo tempo que lhe lança para perto a lata cheia de moedas. O barulho desagradável, pode fazê-lo parar de imediato. Nesse caso, louve-o na hora, faça-lhe festas e pode mesmo recompensá-lo com um biscoito, pois o reforço positivo não pode ser esquecido. Se o cão ignorar soberanamente a sua ordem, repita a operação, até que ele entenda e associe a borrifadela de água ou o barulho da lata, ou outro ardil, ao seu próprio ladrar.

Explique-lhe que o silêncio é de ouro!

Uma vez entendido este comando, o cão entende que não pode dizer o que lhe apetece, quando lhe apetece. Se sabe que, fruto da ansiedade da separação, ele torna a vida dos seus vizinhos num inferno de cada vez que você sai de casa, antes de partir, ordene-lhe que fique em silêncio, deixe-lhe muitos brinquedos e até algumas gulodices e saia quando tiver de sair sem hesitações. Muitas vezes, quem não está treinado é o dono e não o animal. Poder controlar as manifestações vocais do seu cão é altamente vantajoso, nomeadamente se gosta de o levar de férias consigo, pelo que convém começar já o treino, sabendo que este pode ser moroso e que há que ter paciência. No final, poder levá- lo para qualquer lado confiante de que não o deixará mal visto, será muito compensador.


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