sábado, 13 de junho de 2009

Ensinar o nosso gatinho a gostar de nós

Ensine o gato a gostar de si
Malmequer, muito, pouco ou nada?
Adora o seu gato, tudo faz para que ele goste de si, mas ainda assim ele prefere arranhá-lo e mostra-se esquivo sempre que está na sua presença? É altura de inverter este comportamento. Provavelmente passa pouco tempo com o seu gato, ou não presta atenção àquilo de que ele mais gosta. Está na hora de o observar com redobrada atenção e deixar de o olhar como mais um bibelot lá de casa. Talvez o mau feitio dele na sua presença se deva a uma postura defensiva, para que não faça dele gato/sapato, ou seja, para que não ouse fazer-lhe aquilo de que ele menos gosta.
O que aqui lhe ensinamos é igualmente válido na abordagem de um animal desconhecido ou que tenha adoptado já em jovem ou adulto.
1 — Gostamos tanto dos animais que os tratamos como gente, mas há coisas de que a gente gosta e que os gatos odeiam. Há gatos que não gostam de ser estrafegados, rodopiados no ar como se faz com as crianças ou qualquer outro tipo de mimo que, do ponto de vista do animal, pode ter outra leitura. Aborde-o com cautela e vá avançando nos mimos até perceber o que o retrai. Quando perceber aquilo que o desgosta, não repita a gracinha. Ele vai apreciar e deixará de recear os seus avanços.
2 — É normal que os gatos não gostem de ser pegados ao colo. O seu espírito felino não lhes permite gostar de se sentirem presos, sem hipótese de escapar quando lhes apetece. Não confunda isto com ausência de mimos. Faça- lhe festas sempre que ele está perto de si, mas não lhe pegue sempre ao colo. Deixe antes que ele o procure. Os gatos são inteligentes e sabem pedir colo. Esteja atento aos sinais.
3 — Tenha sempre gulodices à mão ou… ao bolso. Quando ele está por perto, atraia-o com os biscoitos de que ele mais gosta. Se ele perceber que pode ganhar recompensas e que elas vêm sempre da sua mão, ainda que por interesse, os animais deixam-se subornar. O mais provável é que passe a ser mais tolerante consigo. A relação que se estabelece com um animal, um gato em particular, não é, afinal, muito diferente de todas as outras relações: há que respeitar o outro e saber ser-lhe útil, estando presente sempre que necessário. Esta é uma boa base para o estabelecimento de uma relação de confiança.
4 — Saiba interpretar as acções do animal. Por vezes, os gatos arranham as pernas dos donos porque têm fome, e expressam o seu desagrado de forma mais agressiva. Pode mesmo ser a forma desajeitada que ele encontra para lhe pedir brincadeira, sem ter consciência de que as garras o aleijam.
5 — Proporcione-lhe um local limpo e agradável que seja só dele, onde durma e possa retirar-se para descansar. É importante que esteja sempre limpo e arranjado. Os gatos são sensíveis a essas atenções e é importante que tenham um local a que chamem seu.
6 — O que é válido no Inverno não é no Verão, altura em que os animais sofrem mais com o calor e podem tornarse irritadiços. Proporcione-lhe zonas frescas onde possa passar as horas de maior calor. Pode mesmo deixá-lo brincar com um cubo de gelo, ou qualquer embalagem vazia, ou um brinquedo dele que coloque no congelador apenas com o propósito de ele se poder refrescar.
7 — Se ele continuar a manifestar comportamentos agressivos, isso pode ser revelador de um problema de saúde de origem física ou mental e não meramente comportamental. Os animais também padecem de doenças semelhantes às dos humanos e de difícil diagnóstico. Na dúvida, consulte o seu veterinário, para descartar essa hipótese, a mais temida de todas.
Importa saber:
Pense em si
  • Assegure-se de que desinfecta sempre as arranhadelas do seu gato, pois podem infectar ou causar-lhe outros problemas.
  • Pense em si e no gato
  • Comportamento agressivo destrói qualquer tipo de relação e impede que se usufrua de todo o prazer de ter um animal doméstico.
  • Em caso de desespero, visite um veterinário e conte- lhe o caso.

Técnicas de abordagem

• Sente-se ou ajoelhe-se no chão. Estando a um nível mais próximo do animal, vai parecer-lhe menos ameaçador do que apenas baixando a mão para o acariciar.

• Ainda no chão, deixe que seja ele a ir ter consigo. Os gatos são curiosos. Nem que seja para o cheirar, ele aproximar-se-á. Pode levar o seu tempo, mas ele rondá-lo-á.

• Dê-lhe as mãos a cheirar, para ele se familiarizar com a aproximação e perceber que nada tem a recear. Além de que, estando ao mesmo nível, ele não temerá que pegue nele ao colo. Quando ele o tiver cheirado, faça-lhe festas suaves na cabeça e no dorso. Evite a barriga. Muitos gatos odeiam que lhes façam festas na barriga, ou mesmo em alguma outra parte do corpo. Saiba quais as zonas interditas e evite-as.

• Cruze as pernas e coloque gulodices no seu colo, para que seja ele a querer aproximar-se. Quando ele o fizer, não faça movimentos bruscos. Repita a operação. Mais tarde, mesmo sem gulodices, ele quererá estar perto de si.

• Sente-se no chão e brinque com um dos brinquedos favoritos do animal. Dificilmente ele resistirá ao apelo. Não o chame. É sempre melhor que a iniciativa seja dele, para que não se sinta forçado. Deixe que ele entre na brincadeira e, sem que ele note, vá forçando o contacto físico, para que ele passe a gostar que o acaricie ou apenas lhe toque.

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