segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dirofilariose (ou parasita do coração) - Doença parasita dos cães e gatos

O que é a Dirofilariose?

A dirofilariose ou parasita do coração é uma doença parasitária dos cães, podendo também afetar os gatos. O parasita responsável pela dirofilariose é um nemátodo chamado Dirofilaria imitis. O cães são infetados por formas larvares do parasita, transmitidas pela picada de um mosquito. Através da pele e da musculatura, estas migram e penetram nos vasos sanguíneos, alojando-se, finalmente, no ventrículo direito,  na artéria pulmonar e na veia cava. 
Dependendo do grau de infestação, os parasitas poderão provocar uma redução considerável da função cardíaca, dificuldades respiratórias e uma tosse crónica. 

Como se transmite a Dirofilariose?

A transmissão do coração faz-se através da picada dos mosquitos fêmeas de uma espécie bem definida: Culex pipiens. Os mosquitos ingerem as microfilárias (formas larvares imaturas do parasita) ao mesmo tempo que ingerem o sangue do cão. Os cães doentes são o principal reservatório da dirofilariose e permitem a perpetuação da doença. Cerca de 10 a 15 dias depois da ingestão das microfilárias pelo mosquito, estas transformam-se em larvas infetantes, no seu interior. 
Quando o mosquito picar outro cão, as larvas penetram no corpo do animal. Após a transmissão das larvas de dirofilária ao cão, estas migram até às artérias pulmonares e ao coração, onde se desenvolverão até ao estado adulto, demorando este processo até cerca de 6 meses. As dirofilárias adultas podem medir entre 15 a 35 cm. 

Onde ocorre a Dirofilariose em Portugal?

A prevalência da dirofilariose depende da distribuição dos mosquitos transmissores. De uma maneira geral, a Bacia Mediterrânica é consideravelmente afetada. Em Portugal, as regiões do Ribatejo, do Alentejo, do Algarve e a ilha da Madeira são as mais afetadas, com respetivamente 16,7%, 16,5%, 12% e 30% dos cães infetados. 

Quais são os sinais clínicos no cão?

Os sinais clínicos da dirofilariose, consequência das lesões causadas pelo parasita no coração e vasos sanguíneos adjacentes, aparecem vários meses após o cão ter sido picado. Numa fase precoce da doença, o cão demonstra poucos sinais clínicos. Estes vão evoluindo com o tempo, sendo os principais: a tosse crónica, a diminuição da tolerância ao exercício e a perda de peso. Posteriormente aparecerão a dispneia (dificuldade em respirar), a febre, podendo desenvolver-se também ascite (líquido na cavidade abdominal).
A morte dos parasitas pode levar à ocorrência de tromboses em vários órgãos. Na ausência de tratamento, a dirofilariose pode ser fatal. 

Como se trata a dirofilariose?

A dirofilariose tem tratamento. Os métodos de tratamento existentes atualmente são prolongados e implicam um acompanhamento frequente e regular por parte do Médico Veterinário. São geralmente compostos de injeções e medicamentos orais. 
O tratamento não é livre de efeitos secundários. Estes serão mais frequentes e severos quanto maior for a infestação. Os efeitos secundários estão muitas vezes associados aos próprios medicamentos e/ou à morte dos parasitas adultos, o que pode levar à formação de tromboses. 

Como se previne a Dirofilariose?

A prevenção pode ser feita com a toma de comprimidos mensais ou através de injeções. Os tratamentos dever ser iniciados com alguma antecedência no sentido de prevenir a época anual de atividade dos mosquitos transmissores da dirofilariose. Estes tratamentos têm como objectivo a eliminação das formas larvares da Dirofilaria transmitidas pelos mosquitos, evitando que estas evoluam para parasitas adultos. Ou seja, estes tratamentos profiláticos não evitam que os mosquitos piquem os cães. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Animais em extinção

Desde que a terra existe, muitas espécies de animais foram desaparecendo, principalmente devido à destruição imposta pelo Homem.Em todo o Mundo, o tráfico ilegal de animais vivos, floresce. Os coleccionadores privados, laboratórios de pesquisa, lojas de animais, jardins zoológicos, circos e até curandeiros da Ásia são o principal mercado consumidor. É o terceiro maior negócio em contrabando depois das drogas e das armas.Nos últimos 300 anos provocámos a extinção em massa de milhões de espécies diferentes. Interesses económicos, poluição, crescimento urbano, introdução de espécies mais dotadas em habitats onde não existiam e outras manifestações da nossa “civilização” fazem com que, de 15 em 15 minutos, desapareça para sempre, uma espécie vegetal ou animal.

Europa
O continente europeu tem vindo a sofrer, ao longo dos tempos, uma enorme transformação na sua paisagem natural. Desde as zonas mais recônditas da Russia até às planicíes de Portugal é possível encontrar uma grande biodiversidade. Assim como a fauna e a flora variam do Norte para o Sul da Europa, da Europa Ocidental para a Europa de Leste, assim também há uma jurisdição não uniforme nos vários países europeus. Cada país tem as suas próprias leis de conservação e protecção da vida animal. Estas leis são insuficientes e muitas vezes omissas o que levou à extinção do Urso-pardo e do Cavalo selvagem, em alguns países europeus.
Ameaçados de extinção estão também o Lobo e o Lince ibérico, outrora abundantes em toda a floresta mediterrânica, mas que só se encontram agora em algumas reservas naturais portuguesas e espanholas.
Temos muito que fazer se queremos apreciar estas e outras espécies.

Exemplos:

Nome popular: Águia-real

Número de crias: 1 a 3 ovos.

Tempo médio de vida: Máximo de 32 anos em liberdade; máximo de 46 anos em cativeiro. Estado de conservação da espécie: Está em vias de extinção porque o homem destruiu o seu habitat e teima em roubar-lhe a sua fonte de alimento: a caça.










Nome popular: Lince-Ibérico

Nome Científico: Lynx pardinus

Distribuição geográfica: Portugal e Espanha.

Período de gestação: Varia entre 63 e 74 dias.

Número de crias: 1 a 4Tempo médio de vida: Até 13 anos.

Estado de conservação da espécie: O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Também se encontra protegido pela Convenção de Berna e pela Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens, sendo considerado pela Directiva Habitats como uma espécie prioritária. As principais ameaças à sua sobrevivência são a acentuada regressão do coelho-bravo e a destruição dos habitats mediterrânicos.
















Nome popular: Lobo-Ibérico.

Nome Científico: Canis lupus signatus

Distribuição geográfica: Norte da Península Ibérica.Habitat natural: Florestas.

Período de gestação: cerca de 2 meses.Número de crias: 3 a 8

Tempo médio de vida: Vivem um máximo de 15 anos.

Estado de conservação da espécie: As causas do declínio do lobo são a sua perseguição directa e o extermínio das suas presas selvagens. O declínio é actualmente agravado pela fragmentação e destruição do habitat e pelo aumento do número de cães vadios/assilvestrados.





















Nome Científico: Lutra lutra

Distribuição geográfica: Vive na Europa, Ásia, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina.

Período de gestação: Cerca de 2 meses.

Número de crias: A ninhada pode ter entre 1 a 5 crias, sendo 2 a 3 o mais usual.

Tempo médio de vida: Vive entre 6 a 8 anos.

Estado de conservação da espécie: Classificada como Vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Entre os vários factores que colocam a espécie em perigo contam-se: a poluição e destruição dos ambientes aquáticos e ripícolas, o uso de pesticidas na agricultura que afecta a qualidade da água dos rios, os atropelamentos e a perseguição directa por parte do Homem devido à concorrência pelo peixe. Há a contar ainda com o facto de a sua pele ter um elevado valor no sector têxtil.



















Nome popular: Urso Pardo

Nome Científico: Ursus arctos

Distribuição geográfica: América do Norte, Ásia e Europa.

Habitat natural: São encontrados desde florestas densas a pradarias subalpinas e tundra árctica.Período de gestação: Varia de 180 até 266 dias.

Número de crias: 2 ou 3

Tempo médio de vida: 20 a 30 anos.Estado de conservação da espécie: A espécie encontra-se ameaçada, entre outros factores, pela destruição do seu habitat natural e pela poluição.


África

Este é, porventura, o continente que mais associamos à natureza selvagem. De facto, muitos dos animais que vemos em jardins zoológicos e circos (os elefantes, as zebras, os macacos, os leões, etc...) são originários de África.Mas a caça furtiva tem vindo a diminuir o número de populações no seu habitat natural (as florestas, as savanas e as montanhas deste continente).Sabemos quais são as espécies mais ameaçadas, mas fazemos pouco para as proteger, se bem que a responsabilidade desta tarefa deva ser atribuída aos governantes, que infelizmente estão mais preocupados com a sua fortuna pessoal, do que com a destruição de grandes extensões de mata selvagem.Consequentemente, os animais e plantas que ali vivem são os grandes prejudicados.

Exemplos:
Nome popular: Gorila da MontanhaNome Científico: Gorilla gorilla beringei Distribuição geográfica: Este do Zaire, Ruanda, Uganda, a altitudes entre os 1600 m e os 4000 m. Número de crias: 1, gémeos raros Tempo médio de vida: 35 anos Estado de conservação da espécie: Esta espécie encontra-se em perigo de extinção, devido à caça e à destruição do seu habitat natural.


Nome popular: Elefante Nome Científico: Loxodonta africana (Elefante africano da savana); Loxodonta cyclotis (Elefante africano da floresta).Distribuição geográfica: África subsariana Número de crias: 1Tempo médio de vida: 70 anos.Estado de conservação da espécie: A caça de elefantes, causada principalmente pelo seu marfim – muito apreciado na China e na Índia, reduziu significativamente as populações de elefantes africanos. Actualmente, o elefante africano está em vias de extinção e têm-se tomado medidas para proteger esta espécie.


Nome popular: Leão Nome Científico: Panthera leo Distribuição geográfica: África, pequena porção na Índia, Balcãs e Grécia. Período de gestação: De 102 a 113 dias.Número de crias: De 2 a 3 Tempo médio de vida: 20 anos.Estado de conservação da espécie: Não globalmente ameaçado de extinção, mas vulnerável.


Nome popular: Rinoceronte negroNome Científico: Diceros bicornis Distribuição geográfica: África do Sul, Quénia, Malawi, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia e Zimbabué. Número de crias: 1Tempo médio de vida: Cerca de 35 anos. Estado de conservação das espécies: Todas as espécies de rinocerontes se encontram ameaçadas de extinção, devido ao facto de serem muito pouco férteis – cada fêmea só tem uma cria de 2 em 2 anos – e, portanto, muito vulneráveis à caça, para além de sofrerem pela destruição do seu habitat. Eles têm sido caçados intensivamente porque praticamente todas as suas partes são usadas na medicina tradicional. A parte mais valiosa é o corno, que tem sido usado como afrodisíaco, para curar febres, para cabos de adagas, ou para preparar uma poção que supostamente permite detectar venenos.


Nome popular: Chimpanzé Nome Científico: Pan TroglodytesDistribuição geográfica: Ocidente e centro de África, norte do rio Zaire, do Senegal à Tanzânia. Número de crias: 1, gémeos raros Tempo médio de vida: 40 a 45 anos.Estado de conservação da espécie: Devido à destruição do seu habitat e à caça ilegal de chimpanzés pelo mercado de carne e de animais, pensa-se que restam apenas 150.000 chimpanzés nos bosques e florestas da África Central e Ocidental. Há um século atrás havia aproximadamente dois milhões.

América
O continente americano vai desde o gélido Canadá até às terras quentes da Argentina. Neste continente existe uma panóplia de países que têm uma diversidade única no nosso planeta. Aqui podemos encontrar a floresta amazónica, a ela associamos sempre o extenso rio com o mesmo nome e os seus muitos animais e plantas. A Amazónia é de facto o ex-librís das Américas.Mas é no norte deste continente, que existe o mais rico país do mundo: os E.U.A. Com a sua variedade enorme de animais e plantas, com muitas reservas naturais, (Yellowstone, Montanhas Rochosas, Deserto do Arizona, Everglades, Bacia do Mississipi...) este país tem conseguido salvar alguns animais como o B úfalo, o Puma, os Lobos, etc.Na zona central temos também de referir a importância de países como a Costa Rica, Honduras ou El Salvador (na preservação de Ocelotes, Pumas, Ursos, etc...).Na América do Sul o Brasil é de facto o país de referência para quem quer ver no seu estado selvagem o Jaguar, a Arara, o Lobo guará, o Papa-formigas, o Mico-leão, entre outros. Se estes países, de Norte a Sul, conseguirem salvar estas e outras espécies, então será uma vitória para todo o Mundo.
Exemplos:
Nome popular: Arara Azul Grande Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus Distribuição geográfica: Norte e Nordeste do Brasil. Vive nas matas do interior do Brasil: Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Hoje é raro encontrá-la em liberdade. Mas, no interior da Bahia, ainda podemos encontrar alguns espécimes em liberdade.



Número de crias: Costumam nascer 2 crias de cada vez. São alimentadas pelos adultos, que regurgitam a comida. Elas chegam à idade adulta aos 6 meses.Tempo médio de vida: 30 anos. Estado de conservação da espécie: Esta espécie está em extinção, principalmente devido à destruição do seu habitat natural e à expansão humana para os territórios que antes eram “propriedade” das araras e que agora se “humanizaram”.

Nome popular: JaguarNome Científico: Panthera onca Distribuição geográfica: Actualmente está oficialmente extinto nos Estados Unidos. É muito raro no México, mas ainda pode ser encontrado na América Latina, incluindo o Brasil. Número de crias: 1 ou 2Tempo médio de vida: 20 anosEstado de conservação da espécie: A destruição de habitats aliada à caça predatória, devido principalmente ao alegado prejuízo económico causado às criações de animais domésticos, faz com que as populações tenham sido drasticamente reduzidas. A espécie é classificada como vulnerável.

Nome popular: OceloteNome Científico: Leopardus pardalis Distribuição geográfica: Actualmente ocorre em toda a América Latina excepto no Chile. Nos Estados Unidos a espécie foi praticamente extinta. Número de crias: 2 ou 3 Tempo médio de vida: De 13 até 17 anos. Estado de conservação da espécie: A caça intensiva a este animal, motivada pela beleza da sua pele, motivou a redução drástica do número de indivíduos. Com a lei de proibição à caça este comércio diminuiu e hoje a principal ameaça a este felino é a destruição de seu habitat. A espécie é classificada como ameaçada de extinção.

Nome popular: PumaNome Científico: Felis concolor Distribuição geográfica: Américas, desde o Canadá até quase o extremo da América do Sul.Número de crias: 2 a 3 Tempo médio de vida: 15 anos.Estado de conservação da espécie: A redução do seu habitat natural, a competição de outros grandes felinos pela caça, a redução do número de animais que constituem a sua base de alimentação e a perseguição movida pelo Homem, na ânsia de proteger os seus rebanhos, colocaram a Puma em risco.

Nome popular: Tartaruga MarinhaNome Científico: Dermochelys coriácea Distribuição geográfica: Águas mornas e temperadas ao longo do mundo. Número de crias: De 1 a 2 centenas de ovos por vez.Tempo médio de vida: Cerca de 180 anos. Estado de conservação da espécie: A poluição, as redes de pesca em que ficam presas e a procura dos seus ovos pela cozinha asiática têm reduzido significativamente esta espécie.

Nome popular: Tucano Nome Científico: Ramphastos tocoDistribuição geográfica: Região Norte e Central da América do Sul.Número de crias: 2 a 4 ovos.Tempo médio de vida: 15 anos.Estado de conservação da espécie: Tem a sua existência ameaçada no seu habitat natural, a selva amazónica, mas os esforços do governo brasileiro já revelam um aumento no número destas aves. Apesar disto já está extinta no estado federal de São Paulo.

Ásia
É na Ásia que se encontra um dos animais ameaçados de extinção mais conhecidos: o Panda Gigante.
A destruição do habitat natural dos animais, combinada com a poluição têm-se revelado uma mistura "explosiva". A verdade é que, se excluirmos a caça, estes dois factores são os principais responsáveis pela redução significativa de determinadas espécies animais.
Por outro lado, a caça intensiva - seja com vista à obtenção de peles para o mercado têxtil (Tigre, Leopardo, etc.); seja com vista à obtenção de partes dos animais para outros mercados (corno de Rinoceronte para a Medicina Tradicional, marfim de Elefante para o mercado de arte, etc.) ou ainda para consumo humano - tem-se revelado uma perigosa inimiga de muitas espécies animais.

Exemplos:
Nome popular: Leopardo das NevesNome Científico: Panthera unciaDistribuição geográfica: Entre 3 000 e 6 000 metros, nos Himalaias e nas montanhas do norte da China.Número de crias: Em média 3.Tempo médio de vida: 20 anos.Estado de conservação da espécie: Encontra-se em vias de extinção.


Nome popular: Panda GiganteNome Científico: Ailuropoda melanoleuca Distribuição geográfica: Sul da China e Tibete.
Número de crias: 2Tempo médio de vida: A média de vida dos Pandas é de 10 a 15 anos no seu habitat selvagem e até 30 anos em cativeiro. Estado de conservação da espécie: A devastação das florestas asiáticas, a lenta reprodução do bambu (base alimentar do Panda), o excesso de burocracia, ineficiência e a caça voraz colocaram o panda sob sério risco de extinção. Dificultando ainda mais a preservação da espécie, a sua capacidade de procriar é mínima.


Nome popular: Panda VermelhoNome Científico: Ailurus fulgensDistribuição geográfica: Nepal, no Sikkim, norte da Birmânia e sul da China.Número de crias: 1 a 4Tempo médio de vida: 8 a 10 anos.Estado de conservação da espécie: A espécie encontra-se ameaçada devido sobretudo à destruição do seu habitat.


Oceania

Quando se fala da Oceânia pensamos imediatamente na imensa ilha que é a Austrália.Esta é a zona do planeta que associamos normalmente a animais como os cangurus, crocodilos, tubarões, avestruzes, etc... Mas além destes animais temos muitos mais, além de inúmeras plantas e insectos raros. A Oceania abrange a Austrália, a Nova Zelândia, a Papua Nova Guiné e ainda imensas ilhas no oceano Pacífico (como as ilhas Cook). A grande barreira de Coral ao longo da costa australiana tem uma das maiores concentrações de espécies marinhas do mundo ( Tubarões brancos, serpentes marinhas, etc...).Mas relativamente aos animais em vias de extinção, não podemos deixar de referir o Diabo da Tasmânia, o Ornitorrinco, etc. Neste continente existe uma preocupação muito grande pelas espécies ameaçadas pelo Homem. O Koala, o Ornitorrinco e o Diabo da Tasmânia estão a ser salvos em reservas próprias por toda a Oceânia.

Exemplos:

Nome popular: Diabo da TasmâniaNome Científico: Sarcophilus harrisii Distribuição geográfica: Ilha da Tasmânia.Número de crias: 3 ou 4Tempo médio de vida: 7 a 9 anos.Estado de conservação da espécie: O Diabo da Tasmânia foi caçado durante a colonização por agricultores, que viam os seus galináceos mortos por este animal. Por outro lado, pensa-se que os Dingos são responsáveis pela erradicação do Diabo da Tasmânia da Austrália. Actualmente o Diabo da Tasmânia é uma espécie protegida.


Nome popular: KoalaNome Científico: Phascolarctos cinerus Distribuição geográfica: Sudeste e Nordeste da AustráliaNúmero de crias: 1Tempo médio de vida: 17 anos.Estado de conservação da espécie: Estes marsupiais encontram-se num processo de extinção que se iniciou com a colonização inglesa na Austrália onde surgiu o culto de caçar e matar Koalas para usar a sua pele. Hoje, a caça não é o maior risco enfrentado pelos Koalas que são mortos por queimadas nas florestas e por falta de árvores que são cortadas pelos lenhadores. Ao perder a sua casa e alimento, os Koalas acabam por se moverem para as cidades, onde são mortos, atropelados em estradas ou por cães.


Nome popular: OrnitorrincoNome Científico: Ornithorhynchus anatinusDistribuição geográfica: Secção oriental da Austrália e ilha da Tasmânia.Número de crias: 2 ou 3 ovos em cada postura.Tempo médio de vida: 15 anosEstado de conservação da espécie: A poluição dos rios e lagos tem destruído significativamente a população de ornitorrincos.

Pixie Bob - Gato companheiro com dedos a mais


Descendente de selvagens
   O Pixie Bob é uma raça relativamente recente, contudo a sua origem parece pouco clara e está envolta em algumas dúvidas. Sabe-se que Ann Brewers começou a desenvolver a raça em 1985, cruzando uma fêmea doméstica sem raça definida e um macho selvagem, que se calcula ter sido o Red Coastal Bob Cat, uma pequena espécie da América do Norte, com o qual o Pixie Bob é muito parecido. A criadora adotou dois exemplares, resultantes desse cruzamento, e em 1986 nasceu Pixie, a precursora da raça Pixie Bob. Desde sempre, este gato, começou a despertar interesse, principalmente devido ao seu lado exótico, e cedo recebeu reconhecimento por parte da segunda maior associação de gatos dos EUA, a TICA (The International Cat Association), onde está registado como raça doméstica.

“São fiéis como cães e aprendem rapidamente”

Tal cão, tal gato
   Embora fisicamente seja muito parecido com um animal selvagem, este felino é muito calmo e companheiro, chegando mesmo a ser comparado a um cão. É capaz de desenvolver uma estreita e significativa relação com a família de acolhimento. São tão dóceis e sociáveis que podem, inclusivamente, ser passeados na rua, com a utilização de uma coleira. Ao contrário dos outros gatos, mais independentes, este animal é muito afetuoso e chega a ser possessivo para com o seu dono, a quem dá as boas-vindas à porta de casa.

Fisionomia exótica
   A sua pelagem lembra a de um gato selvagem, herança deixada pelo ascendente Bob Cat. Tanto podem ser encontrados com pelo mais longo, como com pelo mais curto e a coloração tende mais para o cinzento ou castanho, ambos com manchas. É bastante suave ao toque, ainda que tenha um pelo resistente e impermeável Tem olhos azuis amendoados e a cabeça é redonda e larga, o que lhe confere um ar exótico. São animais relativamente grandes, com exemplares machos que chegam aos oito quilos e com fêmeas que pesam cerca de seis. A cauda é um dos seus atributos especiais, sendo de tamanho muito reduzida ou mesmo inexistente. Outro facto curioso é que nascem com de- dos em quantidade superior ao normal - cerca de seis a sete nas patas dianteiras e cinco ou seis nas traseiras. O Pixie Bob é um gato com um corpo musculado e pernas fortes.

“O seu ar selvagem contrasta com a sua personalidade afetuosa”

Bom companheiro
   As famílias que moram em apartamentos pequenos podem receber um Pixie Bob, sem que este lhes destrua a casa. São animais que se adaptam facilmente e têm um comportamento bastante pacífico. Podem ser bons companheiros de viagem, desde que sejam habituados a isso desde cedo. A sua tranquilidade também faz desta raça de felinos uma das melhores para lidar e conviver diariamente com crianças. Apesar de até ser considerado um bom caçador, o Pixie Bob prefere o conforto do lar às aventuras mais selvagens da vida. Tem sido frequentemente apelidado de “cão disfarçado”, tendo em conta a sua facilidade em aprender quando treinados e a sua imensa coragem.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cobra venenosa

ADN está a ser estudado

       Cobra venenosa
 Investigadores da Sociedade de Zoologia de Londres estão a fazer testes de ADN para proteger a única cobra venenosa do Reino Unido. A Vipera berus, também conhecida como Víbora Europeia Comum, perdeu, nos últimos 50 anos, metade da sua população. Os exemplares mais resistentes lutam, diariamente, para se adaptar às mudanças do seu habitat. A Vipera berus é uma cobra venenosa, no entanto, esta é uma espécie dócil e discreta. Os investigadores estão a tentar descobrir a razão que levou o número de exemplares desta espécie a ter decrescido tanto nos últimos anos e querem garantir a continuidade de colónias adultas e saudáveis. É possível que o seu habitat tenha diminuído e esteja envolvido por barreiras, como estradas construídas pelo Homem. Com esta investigação, supõe-se também que estas cobras poderão estar a reproduzir-se entre si, o que é prejudicial para a sua saúde. Se os testes de ADN confirmarem este facto, os investigadores levarão alguns exemplares para junto de outras populações, a fim de estas se tornarem mais saudáveis e para que haja mais diversidade da espécie.

Fox Terrier - O cão de Tintin


   Bastante referenciado em histórias de cinema e de banda desenhada, este é um cão muito famoso. Tal como todas as vedetas, este também tem os seus caprichos. Habituado a ambientes de caça, onde é muito bom, o Fox Terrier tende a ser desafiador e teimoso. Conheça mais sobre a raça que caiu nas graças de Eduardo VII, rei de Inglaterra.

Origem
   A origem do Fox Terrier não é fácil de definir, até porque não existe uma data certa que determine o seu surgimento. Subsiste a ideia, segundo registos da época que, já no tempo da Roma Antiga, existiam cães parecidos com Terriers. Contudo, sabe-se que foi só no século XVIII que a raça se impôs, quando foi desenvolvida por ingleses para coadjuvar o Fox Hound na caça à raposa. O Fox Hound encontrava e cercava as presas, no entanto, devido ao seu tamanho, tinha dificuldades em retirá-las da toca. Nesse aspeto o Fox Terrier foi indispensável. Esta raça tinha a função de afugentar a presa da toca, o que fazia sem dificuldades, porque tinha todas as características a seu favor: era destemido, ágil, forte e compacto. As raposas eram presas fáceis para estes cães e por isso estiverem na origem do seu nome - Fox significa raposa em inglês. Devido às suas características marcantes, a raça transformou-se em pouco tempo numa das mais populares de Inglaterra, ganhando rapidamente a admiração daqueles que queriam um cão ágil de companhia. Esta raça apresenta duas variedades, a de pelo macio e a de pelo duro. Também a origem de cada uma destas variedades apresenta mais dúvidas do que certezas. O Fox Terrier de pelo macio descende provavelmente de algumas raças Terrier dos Condados de Cheshire e Shropshire, em Inglaterra, bem como do Beagle e do Greyhound. Já os registos do Fox Terrier de pelo duro oferecem mais do que uma teoria à volta da sua origem. Alguns defendem que a variedade se desenvolveu a partir de cruzamentos entre Dachshunds e Galgos Ingleses e, mais tarde, Foxhounds e Beagles. Outros defendem que o Fox Terrier de pelo duro evoluiu a partir do Fox Terrier de pelo macio, através de cruzamentos com fêmeas de pelo duro e há ainda quem tome partido da versão de que estes cães são originários das minas de carvão, no País de Gales. Assim, os ascendentes do Fox Terrier de pelo duro seriam diferentes dos de pelo macio. Contudo as duas raças foram, mais tarde, cruzadas na tentativa de aperfeiçoar a pelagem macia. Esta pode ter sido uma das razões pela qual ambas foram reconhecidas como Fox Terrier.

Tem uma imagem forte, usada tanto no cinema como em banda desenhada

História
   O Fox Terrier foi companheiro de reis, entreteve multidões no cinema e ganhou mais prémios no Kennel Club de Westminster do que qualquer outra raça. Eduardo VII, rei de Inglaterra, tinha um Fox Terrier de pelo duro que adorava. Chamava-se César e tinha uma coleira com a seguinte inscrição: “Eu sou César. Eu pertenço ao rei”. Conta-se que, em 1910, quando Eduardo VII morreu, o animal marchou de semblante pesado atrás do seu caixão. Alguns anos antes desse triste acontecimento, em 1860, foi emitido o primeiro registo da raça e em 1876 foi criado o primeiro clube dedicado a este animal, o Fox Terrier Club, em Inglaterra. Os primeiro registos da importação da raça para os EUA datam de 1879, sendo que os cães de pelo macio foram uns anos mais cedo do que os de pelo duro. A RCA (Radio Corporation of America) tornou os Fox Terriers de pelo macio numa das raças mais reconhecidas de cães, por ter utilizado um exemplar no seu logotipo. A popularidade da raça disparou ainda mais quando, em 1930, o filme The Thin Man foi lançado. A comédia, cujo Fox Terrier de pelo duro era uma das personagens principais, fez com que este cão se tornasse num popular animal de estimação do outro lado do Atlântico. Por essa altura, mais precisamente um ano antes, a personalidade efusiva do Fox Terrier também começa a fazer furor numa das histórias de banda desenhada mais conhecidas de sempre: As Aventuras do Tintim. Hergé, autor da banda desenhada, criou Milu, o fiel companheiro da personagem principal, inspirado num Fox Terrier de pelo duro. Anos mais tarde, em 1985, o American Kennel Club reconheceria, formalmente, as duas variedades como raças separadas, no entanto os padrões de ambas são mantidos pelo mesmo clube, o American Fox Terrier Club.

Na caça é ótimo a afugentar as presas da toca

Morfologia
   As duas variedades da raça Fox Terrier tanto podem ser bicolores, como tricolores, sendo que, em qual exquer um dos casos, o branco deve predominar. Nos bicolores as manchas são todas pretas ou todas castanhas, já os tricolores podem ter manchas de ambas as cores. Os de pelo macio quase não necessitam de cuidados com a pelagem, apenas uma escovagem para eliminar os pelos mortos, mas os Fox Terrier de pelo duro, para além desses cuidados, precisam também de cortes periódicos. O tamanho ideal desta raça é de 40 centímetros de comprimento desde a cernelha e pesam, habitualmente, entre os sete e os oito quilos, sendo as fêmeas ligeiramente menores. A sua cabeça é alongada, o crânio um pouco achatado e o focinho afunilado. Têm maxilares fortes e orelhas pequenas, em forma de V e dobradas para a frente, um requisito essencial na raça. Os seus olhos parecem pequenas azeitonas, pois são redondos e escuros, tal como o seu nariz, o que lhe confere um ar meigo. A cauda costuma ser amputada, por volta dos cinco dias de vida, para lhe retirar cerca de um terço do comprimento. Em adultos, a cauda esticada deverá ficar à altura da sua cabeça. O peito é profundo e as pernas musculadas, características distintivas de um excelente cão de caça.

Temperamento
   Este é um cão especial, que requer um dono especial também. Tendo em conta a sua personalidade forte, o ideal é que o dono tenha autoridade e experiência a lidar com animais, mas sem recurso à violência. São cães que agem por impulso e que gostam de explorar, o que, por vezes, faz com que se tornem desafiadores e teimosos. O Fox Terrier está sempre alerta, característica que faz dele um bom cão de guarda. Adora correr, caçar e brincar. Quando posto à prova, pode obter excelentes resultados, provenientes da sua rapidez e agilidade. A atividade que esteve presente na sua origem, a caça, deu-lhe sentido de independência, autoconfiança e determinação. Apesar de não ser um cão de grande porte, precisa de exercício físico constante para se manter em forma e mentalmente saudável.

O seu ar dócil deve-se aos seus olhos e nariz arredondados

Prós e contras
   O facto de ser um bom cão vigilante e de estar sempre alerta pode causar problemas a quem vive em apartamentos. Uma vez que estranha pessoas desconhecidas e o seu latido é bastante sonoro, tende a incomodar os vizinhos. Contudo, quando bem treinado, pode viver num espaço pequeno sem causar problemas de maior, exceto quando decide cavar um ou outro vaso, uma das suas especialidades. Como tem muita energia, o melhor é entretê-lo com brinquedos. De outra forma, o tédio e o nervosismo preencherão os seus dias. Não é muito dado à vida em comum com outros animais, a não ser que tenha sido criado com eles, podendo tornar-se um pouco conflituoso. Se forem dois machos ou duas fêmeas da mesma raça, a luta pela liderança é garantida. Um dos pontos positivos destes cães é que dificilmente adoecem e são uma das poucas raças que não tem registo de doenças hereditárias. São muito alegres e energéticos, por isso, aconselhados a viver com pessoas que gostam de atividade diária, especialmente crianças, visto que o Fox Terrier dificilmente se cansará das suas brincadeiras. Não devem ser, seguramente, a primeira escolha para a companhia de idosos.