Desde que a terra existe, muitas espécies de animais foram desaparecendo, principalmente devido à destruição imposta pelo Homem.Em todo o Mundo, o tráfico ilegal de animais vivos, floresce. Os coleccionadores privados, laboratórios de pesquisa, lojas de animais, jardins zoológicos, circos e até curandeiros da Ásia são o principal mercado consumidor. É o terceiro maior negócio em contrabando depois das drogas e das armas.Nos últimos 300 anos provocámos a extinção em massa de milhões de espécies diferentes. Interesses económicos, poluição, crescimento urbano, introdução de espécies mais dotadas em habitats onde não existiam e outras manifestações da nossa “civilização” fazem com que, de 15 em 15 minutos, desapareça para sempre, uma espécie vegetal ou animal.
Europa
O continente europeu tem vindo a sofrer, ao longo dos tempos, uma enorme transformação na sua paisagem natural. Desde as zonas mais recônditas da Russia até às planicíes de Portugal é possível encontrar uma grande biodiversidade. Assim como a fauna e a flora variam do Norte para o Sul da Europa, da Europa Ocidental para a Europa de Leste, assim também há uma jurisdição não uniforme nos vários países europeus. Cada país tem as suas próprias leis de conservação e protecção da vida animal. Estas leis são insuficientes e muitas vezes omissas o que levou à extinção do Urso-pardo e do Cavalo selvagem, em alguns países europeus.
Ameaçados de extinção estão também o Lobo e o Lince ibérico, outrora abundantes em toda a floresta mediterrânica, mas que só se encontram agora em algumas reservas naturais portuguesas e espanholas.
Temos muito que fazer se queremos apreciar estas e outras espécies.
Exemplos:
Nome popular: Águia-real
Número de crias: 1 a 3 ovos.
Tempo médio de vida: Máximo de 32 anos em liberdade; máximo de 46 anos em cativeiro. Estado de conservação da espécie: Está em vias de extinção porque o homem destruiu o seu habitat e teima em roubar-lhe a sua fonte de alimento: a caça.
Nome popular: Lince-Ibérico
Nome Científico: Lynx pardinus
Distribuição geográfica: Portugal e Espanha.
Período de gestação: Varia entre 63 e 74 dias.
Número de crias: 1 a 4Tempo médio de vida: Até 13 anos.
Estado de conservação da espécie: O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Também se encontra protegido pela Convenção de Berna e pela Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens, sendo considerado pela Directiva Habitats como uma espécie prioritária. As principais ameaças à sua sobrevivência são a acentuada regressão do coelho-bravo e a destruição dos habitats mediterrânicos.
Nome popular: Lobo-Ibérico.
Nome Científico: Canis lupus signatus
Distribuição geográfica: Norte da Península Ibérica.Habitat natural: Florestas.
Período de gestação: cerca de 2 meses.Número de crias: 3 a 8
Tempo médio de vida: Vivem um máximo de 15 anos.
Estado de conservação da espécie: As causas do declínio do lobo são a sua perseguição directa e o extermínio das suas presas selvagens. O declínio é actualmente agravado pela fragmentação e destruição do habitat e pelo aumento do número de cães vadios/assilvestrados.
Nome Científico: Lutra lutra
Distribuição geográfica: Vive na Europa, Ásia, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina.
Período de gestação: Cerca de 2 meses.
Número de crias: A ninhada pode ter entre 1 a 5 crias, sendo 2 a 3 o mais usual.
Tempo médio de vida: Vive entre 6 a 8 anos.
Estado de conservação da espécie: Classificada como Vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Entre os vários factores que colocam a espécie em perigo contam-se: a poluição e destruição dos ambientes aquáticos e ripícolas, o uso de pesticidas na agricultura que afecta a qualidade da água dos rios, os atropelamentos e a perseguição directa por parte do Homem devido à concorrência pelo peixe. Há a contar ainda com o facto de a sua pele ter um elevado valor no sector têxtil.
Nome popular: Urso Pardo
Nome Científico: Ursus arctos
Distribuição geográfica: América do Norte, Ásia e Europa.
Habitat natural: São encontrados desde florestas densas a pradarias subalpinas e tundra árctica.Período de gestação: Varia de 180 até 266 dias.
Número de crias: 2 ou 3
Tempo médio de vida: 20 a 30 anos.Estado de conservação da espécie: A espécie encontra-se ameaçada, entre outros factores, pela destruição do seu habitat natural e pela poluição.
África
Este é, porventura, o continente que mais associamos à natureza selvagem. De facto, muitos dos animais que vemos em jardins zoológicos e circos (os elefantes, as zebras, os macacos, os leões, etc...) são originários de África.Mas a caça furtiva tem vindo a diminuir o número de populações no seu habitat natural (as florestas, as savanas e as montanhas deste continente).Sabemos quais são as espécies mais ameaçadas, mas fazemos pouco para as proteger, se bem que a responsabilidade desta tarefa deva ser atribuída aos governantes, que infelizmente estão mais preocupados com a sua fortuna pessoal, do que com a destruição de grandes extensões de mata selvagem.Consequentemente, os animais e plantas que ali vivem são os grandes prejudicados.
Exemplos:
Nome popular: Gorila da MontanhaNome Científico: Gorilla gorilla beringei Distribuição geográfica: Este do Zaire, Ruanda, Uganda, a altitudes entre os 1600 m e os 4000 m. Número de crias: 1, gémeos raros Tempo médio de vida: 35 anos Estado de conservação da espécie: Esta espécie encontra-se em perigo de extinção, devido à caça e à destruição do seu habitat natural.
Nome popular: Elefante Nome Científico: Loxodonta africana (Elefante africano da savana); Loxodonta cyclotis (Elefante africano da floresta).Distribuição geográfica: África subsariana Número de crias: 1Tempo médio de vida: 70 anos.Estado de conservação da espécie: A caça de elefantes, causada principalmente pelo seu marfim – muito apreciado na China e na Índia, reduziu significativamente as populações de elefantes africanos. Actualmente, o elefante africano está em vias de extinção e têm-se tomado medidas para proteger esta espécie.
Nome popular: Leão Nome Científico: Panthera leo Distribuição geográfica: África, pequena porção na Índia, Balcãs e Grécia. Período de gestação: De 102 a 113 dias.Número de crias: De 2 a 3 Tempo médio de vida: 20 anos.Estado de conservação da espécie: Não globalmente ameaçado de extinção, mas vulnerável.
Nome popular: Rinoceronte negroNome Científico: Diceros bicornis Distribuição geográfica: África do Sul, Quénia, Malawi, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia e Zimbabué. Número de crias: 1Tempo médio de vida: Cerca de 35 anos. Estado de conservação das espécies: Todas as espécies de rinocerontes se encontram ameaçadas de extinção, devido ao facto de serem muito pouco férteis – cada fêmea só tem uma cria de 2 em 2 anos – e, portanto, muito vulneráveis à caça, para além de sofrerem pela destruição do seu habitat. Eles têm sido caçados intensivamente porque praticamente todas as suas partes são usadas na medicina tradicional. A parte mais valiosa é o corno, que tem sido usado como afrodisíaco, para curar febres, para cabos de adagas, ou para preparar uma poção que supostamente permite detectar venenos.
Nome popular: Chimpanzé Nome Científico: Pan TroglodytesDistribuição geográfica: Ocidente e centro de África, norte do rio Zaire, do Senegal à Tanzânia. Número de crias: 1, gémeos raros Tempo médio de vida: 40 a 45 anos.Estado de conservação da espécie: Devido à destruição do seu habitat e à caça ilegal de chimpanzés pelo mercado de carne e de animais, pensa-se que restam apenas 150.000 chimpanzés nos bosques e florestas da África Central e Ocidental. Há um século atrás havia aproximadamente dois milhões.
América
O continente americano vai desde o gélido Canadá até às terras quentes da Argentina. Neste continente existe uma panóplia de países que têm uma diversidade única no nosso planeta. Aqui podemos encontrar a floresta amazónica, a ela associamos sempre o extenso rio com o mesmo nome e os seus muitos animais e plantas. A Amazónia é de facto o ex-librís das Américas.Mas é no norte deste continente, que existe o mais rico país do mundo: os E.U.A. Com a sua variedade enorme de animais e plantas, com muitas reservas naturais, (Yellowstone, Montanhas Rochosas, Deserto do Arizona, Everglades, Bacia do Mississipi...) este país tem conseguido salvar alguns animais como o B úfalo, o Puma, os Lobos, etc.Na zona central temos também de referir a importância de países como a Costa Rica, Honduras ou El Salvador (na preservação de Ocelotes, Pumas, Ursos, etc...).Na América do Sul o Brasil é de facto o país de referência para quem quer ver no seu estado selvagem o Jaguar, a Arara, o Lobo guará, o Papa-formigas, o Mico-leão, entre outros. Se estes países, de Norte a Sul, conseguirem salvar estas e outras espécies, então será uma vitória para todo o Mundo.
Exemplos:
Nome popular: Arara Azul Grande Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus Distribuição geográfica: Norte e Nordeste do Brasil. Vive nas matas do interior do Brasil: Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Hoje é raro encontrá-la em liberdade. Mas, no interior da Bahia, ainda podemos encontrar alguns espécimes em liberdade.
Número de crias: Costumam nascer 2 crias de cada vez. São alimentadas pelos adultos, que regurgitam a comida. Elas chegam à idade adulta aos 6 meses.Tempo médio de vida: 30 anos. Estado de conservação da espécie: Esta espécie está em extinção, principalmente devido à destruição do seu habitat natural e à expansão humana para os territórios que antes eram “propriedade” das araras e que agora se “humanizaram”.
Nome popular: JaguarNome Científico: Panthera onca Distribuição geográfica: Actualmente está oficialmente extinto nos Estados Unidos. É muito raro no México, mas ainda pode ser encontrado na América Latina, incluindo o Brasil. Número de crias: 1 ou 2Tempo médio de vida: 20 anosEstado de conservação da espécie: A destruição de habitats aliada à caça predatória, devido principalmente ao alegado prejuízo económico causado às criações de animais domésticos, faz com que as populações tenham sido drasticamente reduzidas. A espécie é classificada como vulnerável.
Nome popular: OceloteNome Científico: Leopardus pardalis Distribuição geográfica: Actualmente ocorre em toda a América Latina excepto no Chile. Nos Estados Unidos a espécie foi praticamente extinta. Número de crias: 2 ou 3 Tempo médio de vida: De 13 até 17 anos. Estado de conservação da espécie: A caça intensiva a este animal, motivada pela beleza da sua pele, motivou a redução drástica do número de indivíduos. Com a lei de proibição à caça este comércio diminuiu e hoje a principal ameaça a este felino é a destruição de seu habitat. A espécie é classificada como ameaçada de extinção.
Nome popular: PumaNome Científico: Felis concolor Distribuição geográfica: Américas, desde o Canadá até quase o extremo da América do Sul.Número de crias: 2 a 3 Tempo médio de vida: 15 anos.Estado de conservação da espécie: A redução do seu habitat natural, a competição de outros grandes felinos pela caça, a redução do número de animais que constituem a sua base de alimentação e a perseguição movida pelo Homem, na ânsia de proteger os seus rebanhos, colocaram a Puma em risco.
Nome popular: Tartaruga MarinhaNome Científico: Dermochelys coriácea Distribuição geográfica: Águas mornas e temperadas ao longo do mundo. Número de crias: De 1 a 2 centenas de ovos por vez.Tempo médio de vida: Cerca de 180 anos. Estado de conservação da espécie: A poluição, as redes de pesca em que ficam presas e a procura dos seus ovos pela cozinha asiática têm reduzido significativamente esta espécie.
Nome popular: Tucano Nome Científico: Ramphastos tocoDistribuição geográfica: Região Norte e Central da América do Sul.Número de crias: 2 a 4 ovos.Tempo médio de vida: 15 anos.Estado de conservação da espécie: Tem a sua existência ameaçada no seu habitat natural, a selva amazónica, mas os esforços do governo brasileiro já revelam um aumento no número destas aves. Apesar disto já está extinta no estado federal de São Paulo.
Ásia
É na Ásia que se encontra um dos animais ameaçados de extinção mais conhecidos: o Panda Gigante.
A destruição do habitat natural dos animais, combinada com a poluição têm-se revelado uma mistura "explosiva". A verdade é que, se excluirmos a caça, estes dois factores são os principais responsáveis pela redução significativa de determinadas espécies animais.
Por outro lado, a caça intensiva - seja com vista à obtenção de peles para o mercado têxtil (Tigre, Leopardo, etc.); seja com vista à obtenção de partes dos animais para outros mercados (corno de Rinoceronte para a Medicina Tradicional, marfim de Elefante para o mercado de arte, etc.) ou ainda para consumo humano - tem-se revelado uma perigosa inimiga de muitas espécies animais.
Exemplos:
Nome popular: Leopardo das NevesNome Científico: Panthera unciaDistribuição geográfica: Entre 3 000 e 6 000 metros, nos Himalaias e nas montanhas do norte da China.Número de crias: Em média 3.Tempo médio de vida: 20 anos.Estado de conservação da espécie: Encontra-se em vias de extinção.
Nome popular: Panda GiganteNome Científico: Ailuropoda melanoleuca Distribuição geográfica: Sul da China e Tibete.
Número de crias: 2Tempo médio de vida: A média de vida dos Pandas é de 10 a 15 anos no seu habitat selvagem e até 30 anos em cativeiro. Estado de conservação da espécie: A devastação das florestas asiáticas, a lenta reprodução do bambu (base alimentar do Panda), o excesso de burocracia, ineficiência e a caça voraz colocaram o panda sob sério risco de extinção. Dificultando ainda mais a preservação da espécie, a sua capacidade de procriar é mínima.
Nome popular: Panda VermelhoNome Científico: Ailurus fulgensDistribuição geográfica: Nepal, no Sikkim, norte da Birmânia e sul da China.Número de crias: 1 a 4Tempo médio de vida: 8 a 10 anos.Estado de conservação da espécie: A espécie encontra-se ameaçada devido sobretudo à destruição do seu habitat.
Oceania
Quando se fala da Oceânia pensamos imediatamente na imensa ilha que é a Austrália.Esta é a zona do planeta que associamos normalmente a animais como os cangurus, crocodilos, tubarões, avestruzes, etc... Mas além destes animais temos muitos mais, além de inúmeras plantas e insectos raros. A Oceania abrange a Austrália, a Nova Zelândia, a Papua Nova Guiné e ainda imensas ilhas no oceano Pacífico (como as ilhas Cook). A grande barreira de Coral ao longo da costa australiana tem uma das maiores concentrações de espécies marinhas do mundo ( Tubarões brancos, serpentes marinhas, etc...).Mas relativamente aos animais em vias de extinção, não podemos deixar de referir o Diabo da Tasmânia, o Ornitorrinco, etc. Neste continente existe uma preocupação muito grande pelas espécies ameaçadas pelo Homem. O Koala, o Ornitorrinco e o Diabo da Tasmânia estão a ser salvos em reservas próprias por toda a Oceânia.
Exemplos:
Nome popular: Diabo da TasmâniaNome Científico: Sarcophilus harrisii Distribuição geográfica: Ilha da Tasmânia.Número de crias: 3 ou 4Tempo médio de vida: 7 a 9 anos.Estado de conservação da espécie: O Diabo da Tasmânia foi caçado durante a colonização por agricultores, que viam os seus galináceos mortos por este animal. Por outro lado, pensa-se que os Dingos são responsáveis pela erradicação do Diabo da Tasmânia da Austrália. Actualmente o Diabo da Tasmânia é uma espécie protegida.
Nome popular: KoalaNome Científico: Phascolarctos cinerus Distribuição geográfica: Sudeste e Nordeste da AustráliaNúmero de crias: 1Tempo médio de vida: 17 anos.Estado de conservação da espécie: Estes marsupiais encontram-se num processo de extinção que se iniciou com a colonização inglesa na Austrália onde surgiu o culto de caçar e matar Koalas para usar a sua pele. Hoje, a caça não é o maior risco enfrentado pelos Koalas que são mortos por queimadas nas florestas e por falta de árvores que são cortadas pelos lenhadores. Ao perder a sua casa e alimento, os Koalas acabam por se moverem para as cidades, onde são mortos, atropelados em estradas ou por cães.
Nome popular: OrnitorrincoNome Científico: Ornithorhynchus anatinusDistribuição geográfica: Secção oriental da Austrália e ilha da Tasmânia.Número de crias: 2 ou 3 ovos em cada postura.Tempo médio de vida: 15 anosEstado de conservação da espécie: A poluição dos rios e lagos tem destruído significativamente a população de ornitorrincos.