terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Chow Chow - Animal da semana


Estofo de leão

No dia em que Deus pintou o céu de azul, escorreram algumas gotas de tinta para a Terra, as quais o curioso Chow Chow acabaria por lamber, tingindo-lhe, para sempre, a língua de azul. Assim dita a lenda a razão pela qual esta raça de cães tem a língua azulada. Não acredita? Então, que outra justificação poderia haver?

Origem
Mais do que em factos, há crenças no que à origem da raça diz respeito. Existe uma forte probabilidade de que tenha surgido no Círculo Árctico de onde, mais tarde, terá descido, em direcção à Mongólia e Sibéria. Terras brancas de frio e neve, que justificam a necessidade de um pêlo espesso e resistente, capaz de o manter quente durante os rigores do Inverno nestas paragens tão a Norte do planeta. Pelagem que foi também a sua maldição, pois era não apenas cobiçada como utilizada no fabrico de vestuário. A acreditar nesta possível origem — que do seu lado tem a semelhança dos primeiros fósseis de cães com o actual Chow Chow —, há autores que defendem que do Chow Chow terão derivado outras raças como o Samoyedo, o Elkhound norueguês, o Keeshound ou o Pomeranian. Quem não se atreve a recuar tanto em hipóteses ancestrais, ainda que plausíveis, fixa-se em factos que ficaram documentados e que situam a sua origem nuns, ainda assim, longínquos 2000 anos, altura em que, surge representado em esculturas e pinturas em porcelanas chinesas da Dinastia de Han, que se estendeu de 206 a.C. a 22 d. C. Por estas, percebe-se que a raça era utilizada pelos imperadores da China na caça ao faisão, aos lobos, cumpria funções de guarda e era ainda um cão de trabalho e de tracção: puxava trenós. Pode ainda arriscar-se que é um parente do Shar-Pei, com quem partilha a particularidade da língua azul.

Na China imperial era utilizado na caça, no pastoreio, e como cão de guarda e tracção, puxando trenós
História
A raça manteve-se uma exclusividade do oriente até finais do século XVIII, altura em que chegou a um jardim zoológico de Inglaterra. Só aí, o Chow Chow, que até então tinha vivido na sombra dos célebres Pequinês, Lhasas e Shih-Tzu, raças com honras reais, foi catapultado para o estrelato, principalmente após o interesse que a rainha Vitoria revelou por estes cães com juba. Em 1890 funda-se o primeiro clube da raça, que não tarda a chegar aos Estados Unidos e ao Canadá. No séc. XX, atinge um confortável patamar de popularidade ao qual não são alheios dois factores de peso: o seu aspecto patusco, que tem tanto de leão como de urso, e o facto de ser o eleito de celebridades mundialmente conhecidas como o médico austríaco Sigmund Freud, pai da psicanálise.

Morfologia
Altura — Entre os 48 e os 56 cm, no caso dos machos, e entre os 46 e os 51 cm, no caso das fêmeas.
Peso — Entre os 20 e os 32 quilos.
Porte — Médio.
Pelagem — Existe a versão de pêlo curto, em que este se apresenta abundante, denso, liso e macio, e a versão de pêlo comprido, igualmente denso e liso, bastante abundante, encorpado e rude, particularmente exuberante à volta do pescoço, zona onde forma uma estola a lembrar a juba dos leões.
Cor — Vermelho, azul, preto, gamo e creme.
Cabeça — Volumosa, larga e achatada. Focinho e nariz largos.
Olhos — Pequenos, amendoados e escuros.
Orelhas — Pequenas, arredondadas e erectas
Língua — Azul. Um traço que o assemelha a alguns ursos de pequeno porte.
Corpo — Compacto e bem proporcionado. Peito largo e pescoço forte. Dorso curto, horizontal e forte.
Membros — Musculados e com forte estrutura óssea mas com pouca angulação articular o que faz com que, principalmente as patas traseiras, se mantenham rectas o que lhe confere a sua peculiar forma de caminhar. Pés arredondados, a lembrar os dos gatos.
Cauda — Inserção alta.

Temperamento
O Chow Chow é um cão calmo, reservado na demonstração de afectos, silencioso e muito independente e auto- confiante. É ainda corajoso e deveras sensível. Trocando adjectivos por miúdos, esteja consciente de que é um cão extraordinário, fiel e dedicado ao dono, a um dono em particular, mas cujo temperamento tende a impor-se como o elemento dominante da família. Cabe ao dono refrear a sua ânsia de chefiar a sua matilha/família. O treino deve começar logo em cachorro, ser firme, persistente e rigoroso, para quebrar a sua teimosia, mas deve igualmente ser revestido de muita calma e paciência, uma vez que é muito sensível. Deve ser bem sociabilizado desde tenra idade, seja com pessoas ou outros animais, uma vez que se revela muito desconfiado perante estranhos (não esquecer que é um cão de guarda), e relativamente conflituoso com outros cães, e nem sempre tolerante com outros animais (não é à toa que tem jeito para o pastoreio). Imponha regras e normas que o animal tem de seguir e mantenha-se firme no cumprimento das mesmas, sem abrir excepções. Ele precisa de sentir uma liderança forte por parte do dono. Se for bem sucedido, vai obter um excelente e bem comportado companheiro. Se não conseguir impor-se como líder, poderá ter problemas sérios para resolver, como acontece com qualquer outra raça de carácter dominante e possessivo. Não é um cão que exija demasiados mimos. Claro está que cada animal tem o seu carácter, independentemente das características próprias de cada raça.

Freud, médico considerado o pai da psicanálise, tinha um cão de raça Chow Chow

Prós e Contras
Escovagem
— Duas a três vezes por semana. Deve habituá-lo desde pequeno a este ritual de higiene que vai ajudar a manter o esplendor da sua pelagem e eliminar assiduamente a considerável quantidade de pêlo que regularmente lhe cai, com maior intensidade na altura da muda. Nesse sentido, não são uma raça aconselhável a quem sofra de alergias.
Exercício físico — A rotina diária deve contemplar cerca de uma hora de exercício, evitando as horas mais quentes do dia, pois sofre com o calor. Desde que exercitados diariamente, o que ajuda a contrariar a sua tendência para a preguiça e a limar alguns problemas de comportamento, adaptam-se e são felizes vivendo em apartamentos.
Pele — Bastante sensível ao calor, o que implica que, caso vivam fora de portas, tenham um local fresco e à sombra onde se possam refugiar.
Saúde — É uma raça saudável sem historial de doenças geneticamente transmissíveis, que mereça menção. Podem viver entre os nove e os 15 anos.

Doenças que podem afectar o seu gato

Panleucopenia

Também conhecida como enterite infecciosa felina, esta doença viral altamente contagiosa, causada pelo parvovírus felino, tem sintomas que incluem febre alta, perda de apetite, vómitos, depressão, diarréia líquida, desidratação e outras complicações que quase sempre resultam em morte.A contaminação pode dar até mesmo através de objectos como tijelas, roupas, e brinquedos que tenham entrado em contacto com animais doentes.Ela afecta principalmente gatos bebes mas todas as idades são susceptíveis.

O vírus ataca os intestinos e os leucócitos. A doença progride rapidamente. Facilmente prevenida com a vacinação.

Rinotraqueíte
Este vírus de vias aéreas superiores ( herpesvirus ) é uma séria ameaça para gatos de todas as idades e é especialmente devastador em filhotes. É transmitido
por contacto directo, através de lambidas, espirros, secreções ou por uso comum de bebedouros e comedouros. Uma vez instalado, o vírus pode causar sintomas por vários anos durante a vida do gato. Estes sintomas incluem a perda de apetite, febre moderada, lacrimejamento, secreções oculares e nasais, respiração pela boca, tosse e salivação intensa. Gatas prenhas portadoras eliminam o vírus alguns dias após o parto, deixando os filhotes sem imunidade contra a doença.

Clamidiose
Esta infecção das membranas mucosas dos olhos e nariz é altamente contagiosa, especialmente nos filhotes. Os sintomas incluem conjuntivite, excesso de lacrimejamento, espirros, salivação intensa e tosse. Tem risco de transmissão para os humanos uma vez que pode gerar infecções
oculares.


Peritonite infecciosa (PIF)
A PIF é altamente contagiosa, e transmitida por contacto directo ou indirecto. Directamente, por saliva, secreções e fezes de gatos infectados, ou pela mãe.
Indirectamente, o vírus sobrevive por até duas semanas Por isso, mesmo depois da morte do animal, é necessário que a casa passe por uma quarentena antes de receber um novo gato.
Geralmente, os gatos atingidos são jovens adultos, com menos de três anos de idade, ou em idosos com mais de dez.Os sintomas só aparecem pouco tempo antes da morte e incluem febre, anemia, letargia, depressão, perda de apetite, perda de peso, pelagem eriçada e distensão do abdomem. Também pode haver vómito, diarreia, mudanças de comportamento, perda de equilíbrio, paralisia, cegueira. Mas também pode ser assintomática.

Existem dois tipos de PIF: a húmida, quando há acúmulo de líquido no abdomem ( daí a distensão ) e no tórax, e a seca.

Ela é provocado pelo coronavírus e depois que se manifesta é sempre fatal. Não tem cura. O tratamento alivia os sintomas e prolongam a vida , mas não salva
o gato.

A duração de vida nestes casos varia de poucos dias ou poucas semanas até mais de um ano, dependendo do tipo de PIF ( se for a seca, a sobrevivência é maior ).

Nunca efectue auto-medicação.

O cão idoso, cuidados a ter

O seu cão á medida que se torna mais idoso necessita de receber alguns tratamentos de saúde de acordo com sua idade.Os animais envelhecem mais depressa do que as pessoas. Animais mais velhos têm necessidades diferentes dos mais novos e por isso é importante para os donos entender essas diferenças Um exame físico completo deve ser efectuado duas vezes por ano é um passo importante de detectar as primeiras manifestações de doenças que se torna necessário controlar. Análises laboratoriais são também essenciais para assegurar a boa saúde do seu animal de estimação, assim como para uma detecção precoce de doenças crónicas como diabetes, enfraquecimento das funções dos rins e fígado e problemas cardiovasculares. O seu veterinário poderá sugerir um programa de saúde adequado ao seu animal de estimação. Existem além disso várias rações indicadas especificamente para os animais idosos.

Assim que notar:

-Aumento exagerado de consumo de água
-Micção exagerada ou ausência da mesma.
-Diarreia ou prisão de ventre por mais de 3 dias.
-Cansaço súbito, tremuras ou dificuldades de locomoção
-Pruridos
-Lesões persistentes na pele
-Mau hálito sistemático
-Perdas de sangue nas fezes e urina
-Perda de peso
Deverá ir ao seu veterinário assistente caso não tenha em curso um programa de saúde para animais geriátricos

Quando é que o meu cão de estimação é considerado idoso ou geriátrico?

-Cães Pequenos - 8 anos

-Cães Médios - 8 anos

-Cães Grandes - 7 anos

-Cães Gigantes - 6 anos